ECONOMIA DE ENERGIA ELÉTRICA

Os crescentes custos da energia elétrica levaram a população em geral, e principalmente os dirigentes de empresas, a reverem posições no que se refere à racionalização do consumo de energia.

Programas para otimização do uso de energia elétrica vêm sendo desenvolvidos por Concessionárias e pelo Ministério da Energia há mais de uma década. Medidas para economizar energia nem sempre requerem investimentos. Procedimentos simples de manutenção e atenção a alguns detalhes práticos podem trazer economia considerável para a Empresa e para as residências.

A crise energética que atravessamos no momento, certamente não é inesperada para a maioria das empresas geradoras e distribuidoras de energia elétrica.

O quadro que agora se apresenta vem sendo anunciado desde a década de 70. Os investimentos que na época foram reclamados pelo setor, ou não aconteceram, ou foram de pouca monta. Como resultado os consumidores agora estão sendo penalizados devido o alto custo da energia elétrica. A mídia transformou a crise em catástrofe, com evidentes lances sensacionalistas, o que aumentou ainda mais a incerteza dos consumidores.

A partir deste cenário aparentemente sombrio, começam a aparecer efeitos colaterais que podem, ora em diante, trazer benefícios para o setor produtivo pela mudança de postura e pela ruptura de velhos hábitos.

A primeira atitude do consumidor é caracterizada pela negativa de modificação dos procedimentos de utilização dos equipamentos. A resistência à mudança de hábitos é natural, assim, para que exista um maior empenho nesta transformação será necessário um trabalho de conscientização e motivação dos usuários em relação à economia de energia. O engajamento dos funcionários é fator preponderante em qualquer programa que vise redução no consumo. Sem a cooperação de todos os envolvidos os esforços serão vãos.

As metas devem ser bem definidas e deve ser bastante claro que mesmo pequenos esforços são importantes para alcançar o objetivo proposto.

O programa de racionalização e economia de energia nem sempre envolve custos. As primeiras providências a serem tomadas são de fácil implantação e visam melhorar as condições de utilização dos equipamentos em uso.

Procedimentos Básicos

O sistema de iluminação, sem dúvida, é o que proporciona o maior número de alternativas de fácil aplicação, mesmo utilizando os leds, que apesar de baixo consumo, tem peso no consumo total da instalação.

A limpeza das lâmpadas e dos refletores das luminárias traz na grande maioria

das vezes resultados surpreendentes com relação ao aumento da luminosidade. Existem casos em que o acréscimo de iluminação chega a 50%, o que possibilita o eventual desligamento de alguns equipamentos. Observar sempre os níveis mínimos de iluminamento previstos na norma NBR 5413.

O simples ato de desligar as lâmpadas em aposentos que não estejam em uso, pode proporcionar economia considerável. A retirada de difusores, onde for possível, também aumenta a eficiência das luminárias.

Com relação aos motores, as ações poderão abranger desde a verificação das conexões e revisão das bitolas das alimentações, até um programa de substituição por motores de alto rendimento, acoplado à verificação do dimensionamento correto para o trabalho a que ele se destina.

Manutenção preventiva poderá também trazer economia se puder eliminar pontos onde perdas térmicas estejam ocorrendo, evitando defeitos elétricos e paralisações do sistema produtivo. É recomendável que seja revisada periodicamente a instalação para localizar eventuais fugas de corrente por defeito nos isolamentos dos condutores ou em emendas de fios.

Outros Pontos que Merecem Atenção

Análise do histórico de consumo e eventual revisão no contrato de fornecimento com a concessionária podem revelar distorções que se corrigidas poderão também trazer vantagens para o consumidor.

Onde Procurar Ajuda Especializada

Desde a década de 80 existe o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL, que estuda e indica opções para o uso racional da energia elétrica.

Na iniciativa privada existem empresas de engenharia e consultoria aptas a fornecer ao mercado serviços que alem da área de energia elétrica, combinam estudos de layout, cores dos ambientes e influências arquitetônicas fornecendo projetos, que em curto período de tempo revertem em menores custos de produção e maior eficiência energética.

O Alto Custo Pode Trazer Novas Oportunidades

Se o atual custo da energia for encarado como uma oportunidade de rompimento com o passado, e conseqüente renovação de conceitos, poderemos brevemente auferir lucros. Consumidores mais conscientes e mais criativos responderão a este desafio.

Eduardo Ribeiro dos Santos, engenheiro eletricista, sócio da empresa Escritório de Projetos Eduardo Ribeiro dos Santos, com 40 anos de experiência em projetos de eletricidade. Formado na Universidade Federal do

Paraná, Mestre em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Elaborou projetos em edificações tombadas pelo HIPHAN ou de interesse de preservação. Principais projetos:

Câmara Municipal de Curitiba – projeto luminotecnico ( iluminação do monumento e interno) projeto elétrico, projeto de cabeamento estruturado e segurança patrimonial.

Alfândega de Rio Grande – projeto elétrico, projeto de cabeamento estruturado, projeto de detecção de fumaça e projeto de segurança patrimonial.

Reciclagem da Estação Rodoviária de Londrina. – Projeto elétrico e projeto de cabeamento estruturado.

Eduardo Ribeiro é parceiro Rei Davi Construções na área de instalações industriais e comerciais

O BENEFICIO DOS JUROS BAIXOS E DA INFLAÇÃO CONTROLADA PARA O BRASIL E OS BRASILEIROS.

É importante o brasileiro perceber que nosso país está em um momento histórico muito favorável: inflação sob controle e com perspectiva de se manter sob controle ao longo de 2020; taxas de juros nominais no menor patamar histórico; geração líquida 664 mil empregos em 2019; economia está dando sinais de recuperação, ainda que tímidos.

Mas para o brasileiro comum e para as empresas, como isso pode ajudar a chegar no final de 2020 em melhores condições financeiras que em 2019? Bem, as taxas de juros menores permitem que o brasileiro e as empresas não somente renegociem dívidas antigas a juros mais baixos e com prazos maiores, mas também possam captar recursos a custos menores para projetos de vida (aquisição da casa própria, por exemplo) ou para projetos de crescimento (ampliação do negócio, desenvolvimento de produtos, etc.).

A inflação sob controle evita que os gastos essenciais como: alimento, transporte, saúde, vestuário, educação, luz, água, tenham aumentos excessivos, o que ajuda o brasileiro a manter o dinheiro no bolso. E isso beneficia as empresas também? Beneficia em muito. Os índices inflacionários são os principais gatilhos de reajuste de despesas administrativas e custos operacionais, como logística, matéria-prima, energia etc. A inflação sob controle beneficia o trabalhador e a empresa.

Outro benefício dos juros baixos e inflação sob controle é que investidores, pessoas físicas ou jurídicas, devem hoje buscar alternativas de investimento para rentabilizar melhor seu capital. Enquanto antigamente os investidores obtinham rentabilidades nominais de 1% ou mais sem precisar “suar a camisa”, hoje, isso não é mais uma realidade comum. Investidores precisam pesquisar e analisar cuidadosamente e criteriosamente produtos financeiros para investir. Além disso, os investimentos em projetos da economia real começam a ficar mais atrativos. Desde investimentos na ampliação do negócio já existente à investimentos em projetos de infraestrutura, com longos períodos de maturação, começam a ficar atrativos e a entrar no radar de investidores. Isso é importante porque esses investimentos geram empregos, estimulam a economia, atraem novos investimentos e criam um ciclo virtuoso de crescimento.

Enfim, 2020 não está somente com cara de ano novo, mas está acima de tudo dando esperanças às pessoas e às empresas de que este pode sim ser o ano onde as coisas vão começar a andar para frente e o crescimento não vai ser somente uma “expectativa” de algum órgão de planejamento econômico do governo ou internacional, mas experimentado na vida real das pessoas.

Alexandre Cancian Bajotto. Assessor de Investimentos Sócio da Saron Investments, credenciada à XP Investimentos. Mais de 20 anos de experiência na área de Mercado de Capitais, Finanças, Estratégia, Desenvolvimento de Novos Negócios e Gestão e Avaliação de Projetos no Brasil e exterior. Professor de cursos de pós-graduação, graduação, extensão e palestrante. Mestrado em Administração pela University of Michigan (2009), Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999), Pós-Graduação em Administração Hospitalar e Negócios em Saúde pela PUC/RS-IAHCS (2000) e graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Maria (1995).

Alexandre Bajotto é consultor e parceiro Rei Davi na área de investimentos.